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- cacilda do carmo lentini elias (vereadora)
Ocupação – vereadora Data de Nascimento – 16/07/1922 – São Carlos/SP Data de Morte – 08/09/1991 (aos 69 anos) em Marília/SP Natural da cidade de São Carlos, Cacilda do Carmo Lentini Elias foi casada com Jorge Elias e jovens vieram para Tupã. Rapidamente o casal começou a participar da vida social, assistencial e política da cidade, o que levou Cacilda do Carmo a buscar uma vaga na Câmara Municipal de Tupã, como representante feminina. Concorreu no ano de 1976 e não foi eleita, mas tornou-se suplente, o que a levaria ao cargo três anos depois. Vereadora Cacilda assumiu o cargo de vereadora pela primeira vez em 1980, em virtude do falecimento do vereador Joaquim Ribeiro Porto, ocorrido em 27/08/1980, devido a um acidente automobilístico. Era a 8ª legislatura da Câmara Municipal (1977-1983) e Cacilda, que era a primeira suplente pelo partido ARENA. Tomou posse no dia 1º de setembro de 1980, permanecendo no cargo até o final da legislatura, em 1983. A vereadora Cacilda foi eleita para as duas próximas legislaturas, pelos partidos PDS e PTB: 9ª legislatura (1984-1988), tendo ocupado a 1ª secretária da mesa diretora no biênio 1985-1986; 10ª legislatura (1989-1992), tendo ocupado a 1ª secretária da mesa diretora no biênio 1989-1990; e a 2ª secretária da mesa diretora no biênio 1991-1992. Cacilda ficou conhecida como a vereadora das causas sociais e assistenciais. Participou ativamente da criação da primeira creche de Tupã, da distribuição de sopa as famílias necessitadas, campanhas como SOS e campanha do agasalho. Constituição Municipal A vereadora foi integrante da Constituinte Municipal, responsável por elaborar a 1ª Lei Orgânica do Município de Tupã. O documento, também chamado de “Constituição Municipal”, foi promulgado oficialmente no dia 4 de abril de 1990. Cacilda ocupou a cadeira de Primeira Secretária da Mesa do Poder Constituinte. O presidente era o vereador Nelson Teixeira Lacerda. Problemas de saúde e morte No ano de 1991, ano de seu falecimento, a vereadora tirou várias licenças do cargo para tratamento de saúde. A primeira foi em 3 de maio a vereadora Cacilda pediu licença de 30 dias por motivo de doença. Em 3 de junho a vereadora solicitou mais 30 dias de licença do cargo de vereadora, também, por motivo de doença. Em 12 de agosto um novo afastamento, por mais 30 dias, para continuar tratamento de saúde, não retornando mais ao cargo para o qual havia sido eleita pela população de Tupã. No dia 8 de setembro de 1991, a Vereadora Cacilda do Carmo Lentini Elias faleceu na cidade de Marília, onde estava internada para tratamento dos problemas de saúde que vinha enfrentando. Em seu lugar assumiu o vereador Gorjes Oliveira de Brito, que era seu suplente. Como homenagem à vereadora Cacilda, a Câmara Municipal nomeou a sala de sessões, que incluem o plenário e o auditório como Sala das Sessões Vereadora Cacilda do Carmo Lentini Elias. Sites pesquisados: Câmara Municipal de Tupã: http://www.camaratupa.sp.gov.br/ Jornal Diário – fragmentos da história de Tupã (David de Castro): https://www.diariotupa.com.br/Noticias/noticia.php?fragmentos-da-historia-de-tupa&IdNoticia=38757&IdCategoria=0
- MANOEL FERREIRA DE SOUZA GASPAR (ex-prefeito)
Ocupação – político e empresário Data de Nascimento – 02/02/1955 em Tupã/SP Data de Morte – 17/06/2021 em Barretos/SP (aos 66 anos) Família Descendente de família portuguesa, filho de Antônio Pereira Gaspar e Brígida Ferreira Gaspar, Manoel Gaspar nasceu em Tupã, onde também passou toda sua vida familiar, empresarial e política. Começou trabalhar aos 14 anos, como office boy na Delore, concessionário de veículos pertencente à família, onde desenvolvia todas as funções. Manoel Gaspar permaneceu na empresa durante toda sua vida, tornando-se um dos sócios. Cursou Ciências Contábeis pela FACAT, de Tupã, formando-se aos 21 anos na turma de 1976. Casou-se com a senhora Isaura Pedrosa Ferreira Gaspar, também descendente de portuguesas e tiveram três filhos Gustavo, Thais e Maria Elisa. Carreira empresarial Manoel Gaspar sempre teve tino empresarial e fundou, juntamente com familiares o Grupo Unipetro, atuante em vários estados, cuja sede sempre foi em Tupã. O grupo conta com mais de 20 empresas fornecedoras de óleo diesel, óleos combustíveis, querosene e lubrificantes. Em 2023 possuía unidades nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais. Diversificando os investimentos, além de fazendas com plantações e criação de gado, Manoel Gaspar iniciou também, a aquisição e construção de postos de combustíveis. Em 1997 construiu um posto de combustíveis na Avenida Marilia, iniciando as atividades do primeiro posto da Rede Vanuire, criada para administrar em conjunto com os filhos. Vida Pública Manoel Gaspar entrou na vida política como candidato a deputado federal. Não foi eleito mas tornou-se conhecido e pavimentou sua carreira local. Foi eleito três vezes prefeito de Tupã, as duas primeiras vezes pelo PSDB e a última pelo PMDB. 1997-2000; 2001-2004; 2013-2016. Em sua primeira eleição, no ano de 1996, foi o prefeito mais jovem de Tupã, aos 41 anos, além de ser o único, até aquele momento, nascido em Tupã. Gaspar foi também o primeiro prefeito a ser reeleito consecutivamente em dois mandatos e o único, até o momento (2023), com três mandatos a frente do executivo de Tupã. Conquistas Políticas Manoel Gaspar ficou conhecido como o prefeito das grandes conquistas de Tupã. No segmento educacional destacam-se durante sua administração as implantações iniciais da Unesp, Centro Paula Souza e Instituto Federal. Foi também durante a administração de Manoel Gaspar que Tupã municipalizou a Educação e foram construídas três escolas municipais, João Geraldo Iori, Governador Mário Covas e Professor Odinir Magnani, além da entrega de uma quarta escola municipal, Professor Thiago Leandro. O Programa Federal Médico de Família veio para Tupã durante sua administração, tendo implantando três unidades do Programa Saúde da Família (PSF). Na gestão de Manoel Gaspar, Tupã conquistou o importante título de cidade Estância Turística, período em que Tupã ficou conhecida como município 400% (100% água tratada, 100% de esgoto coletado, 100% de esgoto tratado e 100% de asfalto). No meio ambiente, Tupã construiu seu primeiro aterro sanitário, terminando com os chamados “lixões” a céu aberto. O município também iniciou a coleta seletiva do lixo e criou uma cooperativa de recicladores, rendendo ao município prêmios e o sele de município ambientalmente correto (selo verde e azul). Homenagem Em 12 de dezembro de 2018, Manoel Gaspar foi homenageado pela Câmara Municipal de Tupã, com a medalha Luiz de Souza Leão, honraria que leva o nome do fundador da cidade e concedida a cidadãos nascidos em Tupã, que possuem uma história de vida dedicada ao desenvolvimento do município. Morte Manoel Gaspar descobriu um câncer de pulmão em 2018 e iniciou uma grande luta para conter a doença. Continuou desenvolvendo suas ações empresariais, contando sempre com o apoio da família. Nos últimos meses de tratamento a situação se agravou e passou por várias internações. Faleceu em Barretos na madrugada do dia 17 de junho de 2021, ao lado de familiares, onde estava internado fazia alguns dias. Devido a pandemia de Covid, as homenagens foram restritas. Seu corpo foi velado durante todo o dia, uma missa de corpo presente foi realizada na matriz de São Pedro, com transmissão ao vivo pela Rádio Nova Tupã. O caixão com o corpo do ex-prefeito percorreu as principais ruas da cidade em cima de um caminhão do corpo de bombeiros, passando pela frente de suas empresas, residência e o paço municipal. Na Avenida Tamoios os comerciantes baixaram as portas em sinal de respeito a memória do filho de imigrantes, empresário e ex-prefeito de Tupã Manoel Gaspar. Gaspar foi enterrado as 18 horas do dia 18 de junho de 2021, no cemitério São Pedro. Sites pesquisados: - Jornal Diário de Tupã: https://diariotupa.com.br/ - Câmara Municipal de Tupã: http://www.camaratupa.sp.gov.br/ Fontes: - arquivos pessoais José Rogerio da Silva
- vídeo Tupã histórico - 1959
No ano de 1959, três empreendedores tupãenses, Carlos Ferreira Damião, Sakae Ishida e Ronaldo Goy (radialista) produziram um vídeo/documentário mostrando a cidade de Tupã, que chegava aos 30 anos de fundação, com inúmeras conquistas e desafios. Intitulado Tupã, cidade progresso da Alta Paulista, tem Roteiro de Carlos Ferreira Damião; Cinegrafistas Sakae Ishida e Carlos Ferreira Damião; Narração do radialista Ronaldo Goy. Tupã Histórico 1959 – Parte 1 Apresenta Tupã como a metrópole do progresso. Aeroporto, linha férrea, distâncias até a capital, São Paulo; 432 km em linha reta, 604 por ferrovias, 569 por rodovia. Mostra a estação rodoviária, ruas em terra batida em áreas centrais, calçamento em paralelepípedos, a chegada do asfalto. Avenida Tabajaras, Avenida Tamoios sentido Rua Aimorés e o icônico relógio que existia no cruzamento das duas ruas. Carroças dividindo espaço com veículos e árvores que enfeitavam a Avenida Tamoios. Um desfile pelas praças de Tupã, Praça 9 de Julho, Rui Barbosa, Praça da Bandeira, Dom Bosco. Imagens da estátua de Dom Bosco, inaugurada em 8 de Outubro de 1950. Prédios religiosos: Igreja Shindoista, Templo Budista, haviam 18 igrejas denominadas protestantes e as inúmeras igrejas católicas – destaque para a Matriz de são Pedro. Neste ano de 1959, Tupã tinha 6 mil prédios, entre imóveis residenciais e comerciais. Finaliza com um passeio pela arquitetura das casas da época, grandiosas e ricas em detalhes. Tupã Histórico 1959 – Parte 2 Mostra Associação Comercial e Industrial de Tupã (ACIT), fundada em 1946. Em 1959 Tupã tinha mais de 600 estabelecimentos comerciais, com Delore, Jeep Willlis, Casa Malacarne, prédios residenciais e comerciais na Avenida Tamoios, além de 10 instituições bancárias. No vídeo é feito uma crítica recorrente à época, aos serviços de fornecimento de energia elétrica, que segundo a narração, atrapalha o desenvolvimento do Parque Industrial de Tupã. Tupã tinha laticínios, frigoríficos, usinas de beneficiamento, cooperativas, como a Camap. Serviços de saúde oferecidos pelo Hospital São Francisco de Assis e Santa Casa. Correio e telégrafo, companhia telefônica. Tupã contava em 1959 com 1500 telefones instalados. Trabalho da imprensa, por meio da Rádio Clube de Tupã, com 1000 Watts de potência (Emissoras coligadas ZYH5) e uma antena de 48 metros, instalada em uma residência da emissora. Utilização do aeroporto para receber autoridades. Edifício do Fórum, onde hoje funciona a Câmara Municipal de Tupã. Imagens da Escola Índia Vanuíre, a época chamada de Instituto de Educação Índia Vanuíre. Escola Rural do Bairro Toledo. Grupo Escolar da Vila Abarca, na rua Brasil, onde hoje funciona a Escola Profissionalizante. Imagens da Construção da estrada ligando Tupã a Pompéia, obra do Governador Carvalho Pinto. Tupã Histórico 1959 – Parte 3 Imagens internas do Grupo escolar Bartira. Tupã tinha 13 mil crianças estudando no município. Imagens dos colégios de formação técnica Buarque de Macedo e Arthur Fernandes. Imagens do Colégio Dom Bosco, novamente do Instituto Índia Vanuíre. Imagens de alunas da Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora, mantido e administrado pelas Irmãs Salesianas. Eventos no Estádio municipal Alonso Carvalho Braga, durante jogo entre Tupã FC x Corinthians de Presidente Prudente. Tupã possuía um Centro de Pugilismo, para a prática do Box. Construção da sede do Clube M. Imagens do Tupã Tênis Clube e a rivalidade sempre presente entre os dois clubes. Apresentação Musical ao som da Orquestra Nelson de Castro, destaque para os músicos e casais dançando. Fontes: - Vídeos disponíveis na Internet, em vários sites e canais- Os vídeo aqui postados tiveram melhoria no áudio e imagens, mantendo a estrutura original de quando foi produzido, em 1959, por Carlos Ferreira Damião, Sakae Ishida e Ronaldo Goy.
- Índia Vanuíre (pacificadora)
Ocupação – indígena pacificadora Data de nascimento (incerta) – segunda metade do século XIX (1801-1899) – Estado de São Paulo (alguns consideram como local de nascimento o Estado do Paraná) Data de morte – 1918 – Aldeia Icatú – Brauna/SP Existem dúvidas e controvérsias sobre “Vanuíre”, indígena referência na pacificação na região Oeste do Estado de São Paulo e uma referência para a história de Tupã. Pouco se sabe sobre sua origem. Traremos nesta biografia registros documentais que nos ajudam a entender um pouco desta história. Por ser uma biografia, está aberta a atualizações, sempre que surgirem novos documentos. Documentos Oficiais O primeiro relato está documentado na Câmara Municipal de Tupã, no ano de 2019, por meio de uma Moção de Congratulações endereçada à Escola Estadual Índia Vanuíre, por ocasião dos seus 71 anos de fundação. O documento público, de autoria do vereador Charles dos Passos diz o seguinte sobre Vanuíre: Nossa região era habitada pelos índios Caingangues também chamados Coroados que pertenciam ao Grupo dos Jê ou Tapuia, com os cabelos cortados em torno da cabeça justificando a designação que lhes foi aplicada. Ao contrário de outras tribos, mantinham notável carinho com as esposas e muita dedicação aos filhos e a fidelidade conjugal absoluta. Nesta mesma data, Monsenhor Claro Monteiro foi morto pelos índios Caingangues, surgindo assim a proposta de Hermann Von Hering de exterminar os índios hostis.Um grupo de índios Caingangue já civilizado do Estado do Paraná em contato com os Caingangues de nossa região serviram como intermediários. A este grupo juntaram-se índios da fazenda de Campos Novos de Paranapanema capturados pelo próprio proprietário da gleba. Entre estes índios estava a índia Vanuíre que desejava salvar da morte e da destruição o que restava de seu povo. Em um dos encontros entre os índios e os civilizados no alto do caminho que vem do Rio Feio, apresentaram-se dez guerreiros caingangues desarmados para travar relações com os ocupantes do acampamento do Ribeirão dos Patos. A admirável Vanuíre, neste momento, correu ao acampamento, onde foram recebidos pelos brancos com carinhos e presentes, dentre os quais o que mais lhe causou admiração e viva alegria foi o fósforo. Vanuíre, já avançada da idade, ainda era uma grande cantora e cantava mensagens de paz, cantando na língua de seus antepassados, canções lindas e cheias de tristeza. Assim se comunicava com seus irmãos rebeldes, e foi com seu canto que surgiu nesta região a compreensão e amizade e foi possível a pacificação. Por falta de documentos históricos não se pode afirmar com exatidão onde e quando Vanuíre nasceu. Considerada a grande pacificadora dos conflitos entre brancos e os índios Caingangues do oeste paulista. Conta a lenda que, cansada de ver a dizimação de seu povo, Vanuíre costumava subir em um tronco de Jequitibá de dez metros de altura, onde permanecia do nascer do dia ao cair da tarde, entoando canções em favor da paz. Em 19 de março de 1912, Vanuíre vivenciou o resultado de seus esforços alcançando a tão almejada pacificação entre os seus e os brancos invasores, quando com emoção marchou ao encontro destes e disse-lhes que seriam recebidos como irmãos. Graças a Vanuíre a região foi pacificada dando condições para penetração da Estrada de Ferro Paulista, surgindo assim, inúmeras cidades, dentre elas Tupã, que significa ‘Ser supremo’ que surgiu entre os índios como uma mensagem aos primitivos habitantes da Terra. Vanuíre faleceu em 1918 na aldeia Kaingang de Icatu, na cidade de Braúna, região de Tupã, estado de São Paulo, onde teria passado seus últimos dias. Seu corpo foi transladado para um mausoléu defronte à escola, onde repousam atualmente seus restos mortais em uma sagrada união com a terra que lhe pertenceu. Livro Tupã: Depoimentos de uma cidade (2012, p.29-30) No início de 1912, a grande dificuldade que se apresentava era a de formar grupos só com civis, que não se fixavam por muito tempo, provocando a interrupção dos trabalhos. Para resolver o problema, decidiu-se contratar, no Paraná doze Kaingang já integrados ao novo sistema social, que se comunicavam facilmente com o branco e estes puderam mostrar aos outros índios intenções pacíficas, não só por meio da palavra, mas também de sons, sinais e instrumentos. Chamava a atenção uma índia de nome Vanuíre, mulher madura, que mal falava o português e cuja função era relatar lendas e tradições da tribo. Ela dispôs-se a colaborar na "... salvação das últimas relíquias de seu povo". Seu trabalho estendia-se do raiar do dia ao cair da noite, sempre lançando um brado de paz aos seus irmãos. Presentes foram depositados as margens da floresta durante meses, inutilmente. Um dia começaram a recolher e deixar no lugar cuias de mel e flechas enfeitadas, Vanuíre redobrou então seus chamados de amizade e era quem mais se emocionava. [...] "A natural excitação dos primeiros momentos só durou o tempo necessário para a admirável Vanuíre dar-se conta do que se passava; então, correndo com entusiasmo incrível, foi ela resolutamente meter-se no. grupo formado pelos Caingangs induzindo-os a acompanhá-la até ao recinto do acampamento." A expectativa era grande, mas forma como foram recebidos mostrou que estava selada a paz. Vanuíre adiantou-se e reconheceu os parentes de quem fora separada anos antes. Essa primeira manifestação de paz foi seguida por outras, inclusive e com visitas as aldeias de Vauhin e a descoberta de novos cursos d'água aos quais deram os nomes de rios dos Kaingang [...] A desconfiança anterior mudou para a confiança cega e, assim, foram eles desalojados e surpreendidos, não mais pelos bugreiros, mas pelas doenças que dizimaram todo o grupo do Cacique Congue-Hui e dos Chefes lacry. Charim e Dorarim. [...] Darcy Ribeiro, em seu livro A Política Indigenista Brasileira, cita que: “...a. primeira pacificação efetuada pelo SPI ocorreu em 1912 (..) na região Noroeste do Estado". O escritor fala também de Índia Vanuíre, que foi aprisionada pelos bugreiros, e que “... contribuiu decisivamente para a pacificação dos indios de toda essa região”. Museu Índia Vanuíre Muito se fala sobre a lenda de Vanuíre, sobre como ela subia em um jequitibá de dez metros de altura, no qual permanecia do nascer do dia ao cair da tarde entoando cânticos de paz. No entanto, poucas são as informações sobre a vida dela. Inicialmente repercutiu a notícia de que Vanuíre teria vindo do estado do Paraná, trazida no início do século XX pelo Serviço de Proteção aos Índios – SPI. Isso pode ter ocorrido, talvez, por alguma interpretação errônea feita do livro A Pacificação dos Caingangs Paulistas, de Luiz Bueno Horta Barbosa, no trecho: No plano estabelecido, o Coronel Rondon aproveitava com admiravel habilidade a circumstancia de se poder contar com os serviços de alguns Caingangs, tirados do grupo já civilizado do Estado do Paraná, por meio dos quaes podiam os communicar aos selvicolas as nossas intenções pacificas, não só por meio da palavra, como tambem por certos signaes peculiares a essa nação, feitos com o auxilio de businas e de uma especie de hieróglifos, muitíssimo originaes, construídos com páozinhos e pequenos ramos de arvore. Esses elementos, que deviam representar na campanha que se ia iniciar uma acção decisiva, foram logo depois acrescidos dos indios escravos de uma fazenda de Campos Novos do Paranapanema, cujo proprietario, famoso bugreiro, os havia aprisionado por occasião de devastadores assaltos que costumava dar ás aldeias do rio do Peixe. Entre eles vinha a velha india Vanuire, que entre todos se destacou depois pelo inexcedivel zelo e verdadeiro amor com que se devotou áquellaobhra, que ella compreendia ser a de salvação das ultimas reliquias de seu povo. (HORTA BARBOSA, 1918, p. 15-16) Não é certa a origem da informação de que ela teria vindo do estado do Paraná, mas para sanar essa dúvida, o Centro de Referência Kaingang e dos Povos Indígenas do Oeste Paulista levantou dados que corroboram com esse dado de que Vanuíre estava, na verdade, no estado de São Paulo quando o SPI teve contato com ela. Uma das fontes integra o acervo arquivístico do Museu Índia Vanuíre: um microfilme que contêm alguns relatórios do SPI e que foram digitalizados pelo equipamento em 2018. Nele foi localizado o relatório Exposição do histórico da aquisição das Térras do P.I. Vanuíre e GRILO das mesmas ultimamente verificado. O relatório, escrito em 1940 por Nicolau Bueno Horta Barbosa, deixa claro que Vanuíre estava aprisionada em Campos Novos do Paranapanema (SP), antes da fundação do serviço de proteção, além de disponibilizar outras informações pertinentes, como a existência de um filho de Vanuíre que se encontrava com ela naquele momento. Em uma visita ao site do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, endereço: https://museuindiavanuire.org.br/vanuire-pesquisa-sobre-sua-origem/ é possível conhecer mais sobre Índia Vanuíre e conferir fotos como esta ao lado, da pacificadora junto à militares, indígenas e os chamados "grileiros". SITES PESQUISADOS: Museu Índia Vanuíre: https://museuindiavanuire.org.br/ Câmara Municipal de Tupã: http://www.camaratupa.sp.gov.br FONTES: - Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre - Tupã: Depoimentos de uma cidade. Arlindo Vizelli Montes; Elizabeth Manrique Moreno; Iara Bianchi Nakayama. ISBN: 978-85-904606-2-6. 2012 (2ª ed.), 605 páginas. - Facebook: alunos, ex-alunos e amigos da Escola Índia Vanuíre
- Inauguração nova sede sincomércio/sincovat de tupã
No ano de 2006 foram entregues as novas instalações do Sincovat - Sincomércio de Tupã. A nova sede recebeu o nome de Sede "Milton Zamora" e a cerimônia contou com a presença de muitos amigos, convidados, autoridades e familiares, de Tupã e Região. Participaram representantes de entidades como Dirceu Luiz MIchelan (ACIT), Sérgio Lopes Sobrinho (ACIM Marília), Pedro Pavão (Sindicato Varejista Marília), Wilson Jorge Zamae (Sincomércio Tupã), prefeito a época, Waldemir Lopes, entre outros. Apresentação de Rogerio Silva, imagens de Robson Vídeo. Edição atual Tupã Biografias.
- Circuito Turístico Caminhos da Letônia - distrito de varpa
Buscando incentivar o turismo, a Prefeitura de Tupã criou o circuito turístico Caminhos da Letônia, com visitas monitoradas ao distrito de Varpa, passando pelos principais pontos turísticos e atrativos. Em 2007 os participantes do III Fórum Ambiental fizeram o passeio pelo distrito, conhecendo as belezas naturais do local. O vídeo foi produzido por Robson Vídeo para a prefeitura de Tupã. Acesse tupabiografias.com.br
- Vídeo Histórico: criação do sincovat de tupã
Em Setembro de 2006, durante inauguração das novas instalações da sede do Sincovat/Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista de Tupã e Região), na cidade de Tupã, Rua Chavantes, 561, o presidente a época, Milton Zamora, foi homenageado com seu nome no prédio que abriga o Sindicato. Um vídeo com imagens e fotos conta a história da criação da entidade e apresenta depoimentos históricos, como de Linésio Tâmega, Takao Kawakami, Dirceu Michelan. Também depoimentos de familiares do homenageado. O vídeo/documentário tem roteiro e produção de Rogerio Silva - imagens e edição de Robson Vídeo e locução de Flávio Máximo.
- Conheça a história de amor do casal otto e nanci, no distrito de varpa
Conheça um casal que vive uma linda história de amor, que começou no Distrito de Varpa, em Tupã. Otto e Nanci possuem uma residência que é referência para turistas e visitantes e abriram sua casa para nos contar suas histórias e mostrar curiosidades do início do século XX. Professor aposentado, Otto guardou objetos durante toda vida e hoje possui um espetacular museu, que nós também fomos conhecer. Acompanhe este linda história, que produzimos pela TV Câmara de Tupã
- Altino Martinez (professor)
Ocupação – professor, escritor/crítico literário, autor teatral Data de Nascimento – 11/05/1913 – São Paulo/SP Data de Morte – 07/08/1989 (aos 76 anos) em Tupã Família e Formação Altino Rodrigues da Costa Martinez nasceu na cidade de São Paulo, no dia 11 de maio de 1913. Filho de Teodoro Martinez e Luiza Rodrigues da Costa Martinez. Formou-se professor no ano de 1933, com apenas 20 anos, pela Escola Normal da Praça da República, dedicada a formação de professores para os ensinos primário e secundário. De 1935 até 1953, trabalhou também como funcionário administrativo na empresa The São Paulo Railway Company, Limited, a primeira ferrovia do estado de São Paulo. Casou-se em 1937, aos 24 anos, com Ângela Veraldi Martinez. Tiveram cinco filhos: Dalva Veraldi Martinez Ribeiro Santos, Antonio Martinez, Teodoro Martinez Neto, Suelly Martinez Ignatius e Angela Veraldi Martinez Marin. Em 1938 passou também a dar aulas para o ensino secundário em escolas particulares da capital paulista, lecionando a disciplina de Língua Portuguesa. Em 1953, por meio de concurso público ingressou no Magistério, deixando o emprego na companhia ferroviária após 18 anos, para se dedicar integralmente ao ensino. Vida em Tupã Dois anos depois, em 1955, Altino Martinez transferiu-se para Tupã, uma jovem cidade de apenas 26 anos de fundação. Veio com a família e deu início a construção de uma das mais conceituadas carreiras não apenas na docência, mas também nas artes, no teatro e literatura. O professor Altino, como ficou conhecido, foi o autor da letra do Hino á Tupã, que posteriormente recebeu melodia de Nelson e Sua Orquestra Tupã. O Hino à Tupã foi oficializado por meio da Lei Municipal 1393, de 27 de junho de 1967, sancionada pelo prefeito a época, Oscar Elias Bueno. "Terra do índio bravio - Onde é o céu sempre anil Que não esquece o bravo gentio - E marcha em progresso impávido febril Teu solo abriga a riqueza - Cidade de enlevos mil És bem exemplo dessa pujança e grandeza - Das terras do meu Brasil"...(Trecho do Hino - Altino Martinez - 1967) Altino Martinez ministrou cursos de teatro por meio da Secretaria de Cultura do Estado; criou o Teatro de Bonecos de Tupã, produzindo e dirigindo inúmeros espetáculos. Escreveu por quase trinta anos suas crônicas, artigos e críticas literárias em jornais de Tupã e Região. Era especialista em literatura luso-brasileira, analisando obras de autores como Guimarães Rosa, Camões, Gil Vicente, entre outros. Ministrava cursos e palestras sobre o tema em escolas e faculdades de todo Estado. Obras publicadas Infantil e Teatro: O Fabricante de Monstros (teatro) peça de caráter experimental; O Pinheirinho Teimoso (teatro infantil); O Saci e os Três Fantasminhas (teatro infantil); A Escola (teatro infantil); produziu inúmeras peças para o Teatro de Bonecos; A Carta de Pero Vaz de Caminha, sobre o descobrimento do Brasil (teatro-comédia); Romance e Poesia: Poemas do Povo (poesias) - libreto; Seara de Pedras (poesias) - em coautoria; Leitura Teatralizada; Foi Assim... (memórias); O Marido. A Mulher e o Outro (o Viúvo) - romance; Crônicas Tupãenses; Semente a Esmo (poesias) - todo ilustrado; Crítica Literária e Linguística: Regras Práticas para Acentuação Gráfica (várias edições) - libreto; Novas Práticas Didáticas para o Ensino da Língua Pátria; O Velho da Horta - de Gil Vicente - em linguagem atualizada e adaptado inclusive para o Teatro de Bonecos; Os Lusíadas para os Jovens - 1ª edição; Os Lusíadas para os Jovens - 2ª edição; Falando de Literatura, de Livros e de Autores; A Carta de Pero Vaz de Caminha - Porque terá sido escrita - 2ª versão. Reconhecimento Como crítico de literatura foi convidado e tomou parte ativamente no II Congresso Brasileiro de Críticas e História Literária, realizado em 1.961 do qual participaram também críticos estrangeiros, notadamente de Portugal e da Itália. Seu livro Os Lusíadas para Jovens foi adotado como livro de classe em vários estabelecimentos de ensino, inclusive no Colégio Mackenzie e no Instituto de Educação Caetano de Campos de São Paulo. O estudioso da obra de Camões, Reis Brasil, autor de vários livros sobre Camões escreveu de Portugal ao "Professor Altino", dizendo-lhe que seu livro Os Lusíadas para os Jovens, em matéria de divulgação da epopeia camoniana era " do melhor que se publicou em qualquer tempo e em qualquer lugar". Teve a sua peça O Fabricante de Monstros representada inclusive em Festival de Teatro Amador promovido pelo Governo do Estado. Obteve o 1º prêmio como autor de cenário da peça a Bruxinha Que Era Boa representada em Festival de Teatro Amador realizado pelo Governo do Estado, em Presidente Prudente. Foi membro da União Brasileira de Escritores. Seu livro "Crônicas Tupãenses", foi distribuído pelo Rotary Club de Tupã aos demais Rotarys do Brasil. No dia 30 de abril de 1985, em cerimônia realizada na Câmara Municipal de Tupã, o professor Altino Martinez recebeu o título de Cidadão Tupaense. Prisão e livro “Fui muito perseguido pela Revolução. Mais precisamente pelos que dela tornaram-se donos em nossa cidade e sob seu escudo agiram. Dando vasão a sentimentos de vingança puramente pessoais. Sofri muito com isso. Cheguei mais de uma vez ao ponto de desespero. E sofreu, terrivelmente, minha família (Altino Martinez - Prefácio do livro Minha prisão e o que nela eu vi e ouvi) ” Mas, mesmo com todo reconhecimento, o professor Altino Martinez acabou vivendo aqui em Tupã, ao lado da família, um dos momentos mais tristes e dolorosos de sua vida. Era um domingo, primeiro de novembro de 1970, quando foi acordado, antes das seis da manhã por soldados do batalhão do Exército de Lins, que o levaram preso, sem a mínima justificativa. O Brasil vivia a ditadura militar e uma das práticas era prender intelectuais, artistas, professores, qualquer pessoa considerada formadora de opinião que não fosse alinhada com o pensamento dos militares. O trauma e os momentos difíceis que viveu desde o momento da prisão, até voltar ao convívio familiar, ao invés de abater, fortaleceram o professor Altino, que encontrou uma maneira de registrar cada um dos oito dias em que passou preso, transformando estas tristes e dolorosas memórias em um livro, “Minha prisão e o que nela eu vi e ouvi”, onde relata detalhadamente tudo que presenciou e viveu, da noite anterior a prisão, ao reencontro familiar, após sua soltura. DIA 1ª DE NOVEMBRO DE 1970 - DOMINGO Desperto sobressaltado com pancadas violentas na porta. Levanto-me rapidamente. Rapidamente enfio os pés nas sandálias, sem apertá-las e encaminho-me para a sala. Na passagem apanho uma camisa, pendurada as costas de uma cadeira na copa e visto-a [...] As pancadas se repetem mais violentas [...] O relógio sobre a divisão da cozinha marca cinco e cinquenta e cinco [...] Ponho a cabeça para fora e dou com um soldado e cinco passos de distância [...] Faz-me sinal para que dele me aproxime e eu avanço. "o coração nas mãos". -O Dr. Guido quer falar com o Sr. e pede pro Sr. ir já até a delegacia [...] Chego a delegacia. Ambiente agitado. Distingo entre os que ali se achavam o Dr. Modelli, o Tenente Thomazine, o escrivão de polícia Simão. Alguns Sargentos e soldados não me são estranhos. O Dr. ModeÏli, no seu feitio ríspido, seco, diz-me que estou preso e que vou ser removido para a cidade de Lins [...] peço porém que me deixem ir até minha casa vestir-me. Não. O Sr. não pode sair mais, diz-me um Oficial da Polícia Militar, que não conheço. (Depois soube ratar-se do Tenente Juraci, que vai comandar o destacamento que será sediado na cidade). - E os Srs. vão me remover assim, de pijama?! - É a ordem: Espanto-me. Jamais pensei que, elemento antigo a cidade, conhecido, homenageado até em Praça Pública (e depois de 1964) [...] pudesse um dia ser alvo de tal desconsideração. E mesmo que nada disso tivesse importância haveria ainda que respeitar pelo menos a dignidade humana. E, no entanto, via-me tratado como um facínora vulgar, como um bandido perigoso e temido (trechos do 1º capítulo do livro – Minha prisão e o que nela eu vi e ouvi – Altino Martinez) Morte Altino Martinez faleceu as 7 horas da manhã do dia 7 de agosto de 1989, no Hospital São Francisco de Assis de Tupã, de parada cardíaca. Estava com 76 anos. Ele havia passado por duas cirurgias no intestino dias antes, mas como também sofria do coração, não suportou o tratamento. Seu corpo foi velado no Museu Índia Vanuíre e enterrado no Cemitério São Pedro. Homenagens Dois anos após sua morte, Altino Martinez foi homenageado com seu nome em uma escola de Tupã, a Escola Estadual Patrimônio Universo, que passou a ser denominada de “Escola Estadual Professor Altino Martinez”, no distrito de Universo. A homenagem veio por meio de um decreto estadual (Lei 7.439, de 16 de julho de 1991), aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado e promulgada pelo então governador, Luiz Antônio Fleury Filho. Professor Altino também foi homenageado pelo município, com seu nome na Casa de Cultura Altino Martinez, que durante anos funcionou em um prédio ao lado do Correio, defronte o Paço Municipal. O local foi desativado pela prefeitura e no ano de 1996 o prefeito a época, Jesus Guimarães transferiu a Casa de Cultura Professor Altino Martinez para outra localidade, passando a funcionar por um período no antigo Cine Cazuza (Rua Nhambiquaras, 260). O convênio foi encerrado anos depois e hoje não existe mais um espaço dedicado as artes e a cultura que leve o nome do professor Altino Martinez. SITES PESQUISADOS: Prefeitura Municipal de Tupã: https://www.tupa.sp.gov.br Câmara Municipal de Tupã: http://www.camaratupa.sp.gov.br EMEIEF - Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental: https://www.escol.as/216490-altino-martinez-prof Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1991/lei-7439-16.07.1991.html FONTES: - Diego Henrique Almeida Pantaleão: professor, Social Mídia TV Câmara de Tupã -Tupã: Depoimentos de uma cidade. Arlindo Vizelli Montes; Elizabeth Manrique Moreno; Iara Bianchi Nakayama. ISBN: 978-85-904606-2-6. 2012 (2ª ed.), 605 páginas.
- tupã 50 anos - folheto informativo
Folheto informativo produzido em 1979 pelo Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, celebrando os 50 anos de fundação do município de Tupã. Pesquisa realizada em colaboração com o Departamento de Educação e Cultura de Tupã, por meio do seu diretor, professor Ary Neves da Silva, Prefeitura Municipal, tendo como prefeito a época Carlos Eduardo Abarca e Messas. Colaboração dos professores: - Gerson José Marqueis de Souza - Adalberto da Silva Julião - Nereide Teresinha Celi Teixeira de Mendonça - Maria de Lourdes Corrêa Manzano.
- museu índia vanuíre - 24/04/1981 - uma data histórica
Criação e funcionamento O Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre foi criado no ano de 1966, pelo Decreto Estadual nº 46.789-A. Funcionou de início na E.E. Anísío Carneiro. Depois foi transferido para o edifício "Marajoara", no cruzamento da Avenida Tamoios x Rua Aimorés. Com a morte de Souza Leão, em 21 de setembro de 1980, o prédio da Rua Coroados, 521, que já havia sido doado ao município, passou a abrigar o Museu. Em 13 de março de 1981 foi firmado um convênio entre o município de Tupã e o Governo do Estado, visando colocar o museu em funcionamento, o que só aconteceria 40 dias depois, em 24 de abril de 1981, com a assinatura do convênio entre o prefeito de Tupã à época, Carlos Eduardo Abarca e Messas e o secretário de Cultura a época, deputado Cunha Bueno, que representou o governador Paulo Maluf. A revista que você verá a seguir foi entregue à população de Tupã no dia em que oficialmente o Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre entra em funcionamento no endereço atual, Rua Coroados, 521, centro da cidade.
- Eurípedes Soares da rocha (investidor, político)
Ocupação – investidor, comprador de terras, político Data de Nascimento – 16/02/1883 – Rezende/RJ Data da Morte – 21/09/1963 – Marília/SP (aos 80 anos) Família e Negócios Eurípedes Soares da Rocha nasceu no dia 16 de fevereiro de 1883 na cidade de Rezende, Estado do Rio de Janeiro. Filho de Lúcio Soares da Rocha e Joaquina Barbosa da Rocha, casou-se em 1910 com Carlota Negreiros Rocha, na cidade de Ribeirão Bonito. Em busca de novos investimentos, mudou-se para a cidade de Marília em 1928, já com 45 anos de idade. Conheceu os também investidores e compradores de terra Luiz de Souza Leão e João do Val. Juntos criaram a empresa Companhia Melhoramentos da Alta Paulista. Adquiriram terras e fundaram no ano seguinte, em 1929 os patrimônios de Tupã e Parapuã. Carreira e vida pública Foi proprietário de farmácia em São João das Palmeiras (1905), depois na estação de Santa Ernestina em Matão (1908). Também foi oficial do Registro Civil em Dourados/SP. Presidiu o Banco de Marília - COOPE. Reg. De Crédito, membro do Conselho Fiscal do Bradesco S/A e um dos fundadores do Marília Tênis Clube. Foi dono da Fazenda Jangada e também investiu em Tupã, construindo prédios comerciais na Avenida Tamoios, no trecho que vai da Rua Potiguaras até o prédio onde funciona atualmente a Casas Pernambucanas. Eurípedes Soares da Rocha ocupou o cargo de prefeito de Marília no ano de 1932, de 13 de junho a 6 de outubro daquele ano. Como vereador, participou da 2ª legislatura na Câmara Municipal de Marília, entre os anos de 1936 e 1937, tendo sido presidente da casa no período de 26/06/1936 a 26/10/1937, tempo que durou sem mandato. Foi muito atuante no município de Marília. Ajudou na construção do Colégio Bezerra de Menezes e do Hospital Espírita, tendo sido seu presidente por muitos anos, bem como ajudou a construir a Mansão Ismael e a Associação Filantrópica. Foi dado o nome de "Eurípides Soares da Rocha" à Praça em frente o antigo Centro de Saúde na Avenida Santo Antônio e a uma Rua no Jardim Cavalieri. Em 1967 foi criada e dado seu nome a Fundação de Ensino Eurípedes Soares da Rocha (hoje UNIVEM). Sua esposa "Profª Carlota de Negreiros Rocha" nomeia uma escola de 1º grau na cidade de Marília. Eurípedes Soares da Rocha faleceu aos 80 anos, na cidade de Marília, no dia 21 de setembro de 1963, mesmo dia em que faleceria 17 anos depois, em 1980, Luiz de Souza Leão, sócio na compra de terras e fundador do município de Tupã. SITES PESQUISADOS: Câmara Municipal de Marília: https://www.marilia.sp.leg.br/ Fundação de Ensino Eurípedes Soares da Rocha (UNIVEM): https://univem.edu.br/home FONTES: - Tupã: Depoimentos de uma cidade. Arlindo Vizelli Montes; Elizabeth Manrique Moreno; Iara Bianchi Nakayama. ISBN: 978-85-904606-2-6. 2012 (2ª ed.), 605 páginas.